quarta-feira, 11 de agosto de 2010

A vida, a ordem e o caos....

A noite é o melhor momento para se filosofar, pois, via de regra é a parte da vida em que você está só. Nesse sentido, a noite também é o tempo em que os fantasmas surgem, em que a verdade aparece, em que a ausência de sentido da vida se mostra evidente.
Ontem a noite me assustei com um pensamento que brotou em minha mente e não quis sair, qual seja, o porque eu vivo, qual é a razão para eu não cessar minha existência diante do caos da vida?
Num primeiro momento, o questionamento soa como um suicida depressivo, mas esse não é o viés dado a questão. O que eu me perguntei é se eu vivo com livre arbítrio ou se eu vivo de forma mecânica, se eu vivo na eudaimonia grega ou se eu vivo como Sísifo na peça de Albert Camus. Ora, com que fim trabalho 35 horas por semana, estudo 30 horas da faculdade, analiso por 14 horas a bolsa de valores, estudo 15 horas por semana para concursos, durmo 56 horas por semana? Das 168 horas que compõe uma semana eu gasto 150 horas de forma mecânica e tenho 18 horas livres para praticar todos os demais atos não elencados (almoçar, tomar banho, interagir com as pessoas que amo).
Com efeito, não entendo como um ser humano pode se escravizar e se manter racional? Com efeito não sou livre e já não sei mais o que me motivou a tomar tal atitude, ou seja, estou perdido.
Fim.
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Is it bright where you are
Have the people changed
Does it make you happy you're so strange
And in your darkest hour
I hold secrets flame
We can watch the world devoured in it's pain

Delivered from the blast
The last of a line of lasts
The pale princess of a palace cracked
And now the kingdom comes
Crashing down undone
And I am a master of a nothing place
Of recoil and grace

Tradução

Há esperança onde vives?
As pessoas têm mudado?
Te deixa feliz você ser tão estranho?
E no seu mais negro momento
Seguro a chama do mistério
Podemos ver o mundo consumido em sua própria dor

Nascido da destruição
O último numa fila de últimos
A pálida princesa
De um palácio partido
E aí vem o reino
Despencando destruído
E sou o soberano de um lugar de nada
De covardia e concessões
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Banda: Smashing Pumpkins
Música: The beginning is the end is the beginning

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